Algumas coisas que vem acontecendo, estão fazendo com que eu me afaste desse espaço que descobri há pouquíssimo tempo. Com um pouco de paciência voltarei a postar com mais freqüência.
Com nova administração estadual, as mudanças já eram esperadas, mas acho que estão caminhando tão lentamente e isso me deixa muito assustada. Com quase seis anos de trabalho no mesmo local, conhecemos o andamento dos serviços, qual o período em que isso acontece em maior ou menor freqüência, e assim por diante. Tudo anda caminhando a passos de tartaruga, tamanha a lentidão. O que podemos fazer é esperar e torcer para que isso não seja prenúncio de coisas desagradáveis que estejam para acontecer.
Agora passo a outro assunto que está atingindo a maioria da população goiana, a crise do Ipasgo. Desde novembro de 2008 se fala de soluções pra crise daquele orgão. Alteração na legislação que o regulamentava na época, a criação do Conselho Deliberativo do Ipasgo (CDI). Jorgelino Braga, na época titular da SEFAZ, afirmou que a crise seria resolvida.
Já havia o atraso no pagamento dos prestadores de serviço e falava-se na possível paralisação do atendimento aos usuários.
“O servidor tem descontado de seu salário o valor da assistência, ou seja, ele já recebe seu salário com o desconto, mas a Sefaz segura esse recurso e não repassa aos prestadores de serviços. Dessa forma, as crises serão, como sempre foram, constantes.”
“Para o Ipasgo, estamos desenvolvendo estudo que nos permitirá vincular a receita descontada dos servidores ao pagamento do instituto. Temos o compromisso de solucionar essa questão de forma definitiva, assim como fizemos com a folha dos servidores. Temos um grupo de trabalho atuando na preparação do nosso plano de gestão. O Ipasgo é prioridade.” ( Para ler na íntegra clique
aqui )
No início desse ano, necessitei de um atendimento emergencial na área odontológica. Procurei então os profissionais que já tinha conhecimento do seu trabalho. Não consegui nenhum. Quando não faziam o serviço que eu necessitava, não eram mais credenciados pelo meu instituto, o IPASGO. Muitos dos profissionais que ainda são credenciados nele, não estão atendendo em virtude do atraso no pagamento das suas faturas de prestação de serviço.
Como o acontecido me incomodava muito, resolvi procurar o atendimento de urgência daquele instituto, como um paliativo temporário. Fiz todos os procedimentos necessários à efetivação do meu atendimento. A surpresa foi muito grande quando a profissional que me atendeu disse que não poderia fazer nada por mim. Fiquei indignada ao ouvir isso. Se ela, uma profissional da área, não poderia fazer nada por mim, quem poderia? Com tudo isso, além de ter ficado muito chocada, me fez refletir sobre qual o tipo de profissional temos nos dias de hoje e qual teremos no futuro.
No Diário da Manhã de 17/03/2011, apareceu uma reportagem onde os médicos informam que vão suspender o atendimento a todos os usuários de planos de saúde no dia 07/04/2011, Dia mundial da Saúde, em forma de protesto pelos baixos valores de honorários que estão sendo pagos ultimamente. E ainda, no Jornal Daqui de 17/03/2011 tinha uma reportagem informando que os otorrinolaringologistas também vão paralisar o atendimento às cirurgias eletivas a partir do dia 04 de abril. Já não temos o atendimento de cardiologistas desde 25/06/2010 e sem as cirurgias por vídeo-laparoscopia desde dezembro/2010. É um desrespeito com os contribuintes e com os profissionais, num todo, também. Isso precisa mudar, e com a máxima urgência. Deve-se procurar um consenso entre as partes, de forma que todos sejam atendidos em suas necessidades.
Primeiro os funcionários públicos enfrentam o problema de não conseguir um médico, um dentista, realizar exames complementares, etc., e quando conseguem, normalmente, é após muito tempo de espera. E no caso dos honorários médicos? E dos hospitais, laboratórios e clínicas de exames? Se estivermos à beira da morte, morreremos sem atendimento? Estou muito indignada, afinal o valor da nossa contribuição mensal ao instituto, conforme mencionado no início deste post, já vem descontada em folha e nenhum atendimento, mesmo a urgência, são feitos sem que o pagamento da chamada co-participação.
Qual a melhor forma para se resolver os problemas que o Ipasgo vem enfrentando? Uma mudança de gestores? Treinamentos? O uso de ferramentas de gestão? Tecnologia? Readequação? Não sei, mas acredito que existam formas para, pelo menos, amenizar o problema, e é nisso que os usuários e profissionais apostam.
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